Na quinta (25) foi celebrado o Dia Nacional do Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo. O nanismo é uma condição caracterizada por uma deficiência no crescimento. Isso resulta numa pessoa com baixa estatura, se comparado com a média da população de mesma idade e sexo, e, na maioria dos casos, também se caracteriza por membros e dedos desproporcionais ao corpo.
Em geral, a população de baixa estatura atinge uma altura 20% menor do que a média. Trata-se de uma condição física que causa um crescimento ósseo anormal e pode ser etectada pelo ultrassom a partir do quinto mês de gravidez. Os indivíduos com nanismo medem entre 0,70 cm e 1,40 m e podem ser concebidos por qualquer casal. A condição não é necessariamente hereditária e 80% dos pais de gente pequena têm estatura média.
Tipos mais comuns
A pediatra Giulianna de Sousa Araújo Felizola, da Seção de Assistência Médica (SASME/SIS), explica que existem dois tipos principais de nanismo, sendo que o mais comum é o acondroplasia, causado por uma mutação do gene FGFR3, herdada ou congênita do portador. Esse tipo representa entre 70% e 80% dos casos. Essa forma de nanismo não possui tratamento específico. “Na imensa maioria das vezes, o nanismo não afeta as habilidades intelectuais e as pessoas com a condição podem ter vida normal com adaptações”, afirmou.
O outro tipo de nanismo é pituitário, tratável com a administração do hormônio do crescimento ao longo da infância. É importante ressaltar que quanto antes iniciado o tratamento, mais eficaz seu resultado. Nesse caso, a hipófise para de produzir a somatotrofina (hormônio do crescimento) e essa deficiência causa crescimento reduzido.
Inclusão
A pediatra observou ainda que a inclusão de pessoas com nanismo exige algumas adaptações arquitetônicas e conscientização da sociedade. No Brasil, uma em cada 10.000 pessoas tem nanismo. A Lei 13.472/2017 oficializou a Dia de Combate ao Preconceito contra o Nanismo e entrou em vigor em julho de 2017. Ela lembra a sociedade dos direitos desses cidadãos.
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