Resgatar as mulheres no contexto da história brasileira. Na exposição Dona Beja – A Força da Mulher, aberta na última quarta (10) no Espaço Cultural STJ, a pintora e escultura Célia Brindel traz a figura de Ana Jacinta de São José, a Dona Beja, uma figura história de Minas Gerais no século XIX. “Ela tem uma história de vida incrível, ela saiu de uma situação humilhante e se tornou uma figura de destaque na sociedade, um verdadeiro mito”, diz a artista.
Célia Brindel passou muitos anos na Europa e ao voltar queria um lugar para expor. “Fiquei sabendo pelo edital e achei o espaço muito interessante. Gostei da proposta de aproximar a arte dos servidores públicos”, afirma. Brindel gosta de usar tintas acrílicas e pasteis, usando técnicas mistas. Nas esculturas os principais materiais são argila e papel machê.
Influências e futuras séries
“Uma das minhas influências na pintura é Portinari, principalmente como ele retrata mulheres. Outra influência é Gustave Klimt, especialmente por causa das cores douradas e tons de cobre e texturas que também gosto nas minhas obras”, destaca. No total são 42 quadros e uma escultura. A artista pensa em fazer outras séries focando mulheres brasileiras, como a primeira cantora negra de ópera do Brasil Joaquina Lapinha e diversas escritoras do país.
A servidora Fernanda Botelho visitou a exposição e gostou dos quadros. “Eu não venho sempre, mas como sou formada em arquivologia gosto muito de história e gostei do tema”, destaca. A servidora acha importante ter um espaço que agregue arte e cultura para os servidores. Uma exposição que também marcou Fernanda foi a mostra de Paulo Penna, “Coemergência”, realizada em março passado.
O Espaço Cultural STJ fica localizado no 2º andar do edifício dos Plenários. A exposição estará aberta à visitação das 9h às 19h, de segunda a sexta-feira, até o dia 2 de setembro.
Mais informações pelos ramais 8594 ou 8373.