Um dia de trabalho deve ser mais do que uma obrigação, mas uma missão. Na tarde da última sexta (6), foi lançada a Campanha de Avaliação de Desempenho e o Plano Anual de Ações de Educação Corporativa de 2020, com a palestra Liderança Inspiradora para Resultados Extraordinários, com Maurício Louzada. Em 1998, o palestrante ficou preso em uma caverna, por 44 horas, com um grupo de amigos, e a experiência mudou sua perspectiva de vida. O evento foi promovido pela Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) e pela Escola Corporativa do STJ (ECORP).
Compromisso e orgulho
Na abertura do evento, o secretário-geral da Presidência, Zacarias Carvalho Silva, destacou a importância dos servidores para o STJ. “O comprometimento da nossa equipe é algo que nos dá orgulho. Em nome da Presidência, saúdo a todos”, declarou.
Solange Rossi, secretária da SGP, frisou a relevância da avaliação de desempenho para o Tribunal e para o crescimento profissional dos servidores. “Um servidor não é só avaliado em março, mas em toda a sua carreira”, afirmou. Ela mencionou ainda conceitos importantes que foram tratados na palestra e estão relacionados à avaliação, como foco, liderança e resiliência. Por fim, lembrou que o formulário já está disponível na página da Gestão de Pessoas > Gestão de Desempenho, até 31 de março.
Pablo Fernando Pessôa de Freitas, diretor substituto da ECORP, apresentou o Plano de Ações de Educação Corporativa (PAC) e destacou que, desde a criação da Escola, as turmas de capacitação cresceram em até 60%.
“Temos alcançado sucesso com esse trabalho, graças às parcerias com todas as unidades e com o apoio especial da Presidência, da SGP, Coordenadoria de Eventos (CCRP/ACR) e da Secretaria de Comunicação Social”, destacou.
Resultado e relacionamento
Na sua palestra, Maurício Louzada contou como ele e um grupo de quatro amigos foram visitar uma caverna no Parque do Alto Ribeira, em São Paulo. “Tínhamos um geólogo e uma pessoa com experiência em rapel, mas fizemos tudo errado! Entramos sem autorização, não levamos pilhas reservas, nem uma corda”, confessou. Dentro da caverna, o grupo decidiu explorar uma área não mapeada e acabou perdendo-se.
Louzada contou, de forma bem-humorada, que a pessoa responsável por desenhar os mapas e marcar o caminho de volta não tinha experiência. “Ter a competência técnica é essencial para o sucesso”, disse. O palestrante destacou que, no começo, houve um momento de pânico e conflito. “Medo contagia. Essa foi outra lição que aprendemos rápido: manter a calma e não sofrer por antecipação”, observou.
Ele destacou, ainda, a importância de valorizar o que se tem e de zelar pelos recursos. “Só tínhamos cinco lanternas, um pedaço de goiabada e de queijo, e cinco cantis. Começamos a andar só com uma lanterna e a racionar a comida e a água”, recordou. Louzada ficou com a liderança do grupo, tendo a obrigação de achar o caminho para um rio subterrâneo que os levaria para fora. “Para mim, um líder deve ter dois “erres”: Resultado e Relacionamento. Eu tive que ajudar a equipe a ficar unida e a tomar as decisões necessárias”, comentou.
Mergulho de fé
Um dos momentos mais dramáticos foi, após achar o rio e seguir por ele, o grupo encontrar um trecho em que precisava mergulhar para sair do outro lado. “Estava frio e, se voltássemos, teríamos hipotermia. Tínhamos apenas duas lanternas com pilha. A única opção era mergulhar”, recordou.
O geólogo do grupo candidatou-se a ser o primeiro, para verificar a viabilidade da travessia. “O líder deve reconhecer a capacidade de cada membro da equipe e identificar a competência dele para determinada tarefa”, considerou. Após uma longa e aterrorizante espera, em completa escuridão, com todos do grupo com água gelada até o pescoço, o geólogo retornou.
No mergulho, Louzada falou da lição mais importante para ele. “Fui o último a atravessar o túnel e achei que tinha me perdido. Quando estava entregando os pontos, meus amigos puxaram-me para fora. Isso revela a importância do trabalho da equipe e da união entre as pessoas. Um líder deve estar com o pé no barro, com a equipe”, disse.
Maurício concluiu dizendo que a atitude mental da liderança e a da equipe fazem a diferença para se vencer um desafio. “Eu descobri que havia uma caverna dentro de mim, com medo e desânimo. Eu tive que sair dela primeiro, para escapar da caverna real”, finalizou.
Premiação
Ao final, houve a premiação dos servidores e gestores que mais participaram de ações de educação corporativa, em 2019. O diretor-substituto da Ecorp, Pablo Pêssoa, entregou a premiação aos servidores Tayana dos Santos, da Secretaria de Jurisprudência (SJR) e Caroline Gomes,da SGP, aos gestores João Filho, da Secretaria de Segurança (SSE) e Gabriel Morais, também da SGP.