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STJ - Intranet/STJ - Edições

22 de novembro de 2018 - ed. 993

Segurança de rede e o Judiciário
 

Novas tecnologias de informação e comunicação mudaram a sociedade e o serviço público, incluindo o Judiciário. Nessa terça e quarta (20 e 21), ocorreu o 4º Fórum de Tecnologias da Informação, no Auditório Externo, resultado da parceria entre Instituto Brasileiro de Governança Pública (IBGP) e a Escola Corporativa (ECORP). Durante o evento foram realizadas palestras e oficinas que trataram de diversos temas voltados para a aplicação da tecnologia em procedimentos nas instituições públicas e privadas.

Difusão de conhecimento

Segundo a ECORP, a parceria com o IBGP contribuiu para a discussão de tecnologias que aprimoram os serviços do setor público e o atendimento aos cidadãos. “A possibilidade de intercâmbio entre instituições também oferece inúmeros benefícios para a sociedade, por isso, a intenção da Escola é ampliar essas parcerias”, disse a diretora da ECORP Waldelice Poncione.

O presidente do IBGP, Geraldo Loureiro, afirmou que o apoio do STJ foi essencial para a realização do evento. “Nosso instituto se esforça para o aprimoramento da administração pública via capacitação de gestores, auditores e outros. E o STJ está irmanado com essas metas”, destacou. Loureiro destacou a receptividade da Casa em disponibilizar sua estrutura. “Além disso, realizar o evento aqui traz uma grande credibilidade e alcance nos demais órgãos da justiça”, avaliou.

Troca de experiências

Para o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação (STI), Humberto Fontoura Pradera, é essencial abrir as portas da Casa para outras instituições. “As experiências de outros tribunais e instituições podem trazer ideias importantes para nós e também podemos partilhar nossas práticas”, afirmou.

O secretário afirmou que existe, hoje, uma tendência para aumentar o uso da tecnologia na administração pública. “O Judiciário lida com dados sensíveis e muitos sigilosos. Um eventual compartilhamento e armazenamento por terceiros será uma realidade desafiadora. Por isso, uma das palestras que mais me chamaram atenção foi Requisitos de Segurança em Nuvem Computacional”, comentou.

Uma nuvem computacional

A palestra Estratégias para Adoção de Serviços em Nuvem Computacional foi conduzida pelo  servidor Rodrigo Carvalho, atualmente cedido para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele destacou que a “nuvem” é uma forma de estocagem e prestação de serviços para dados. “Uma empresa tem um data center e oferece serviços como back up, transmissão de dados e computação. Ao invés da administração pública adquirir hardware, ela adquire serviços”, explicou.

Segundo Rodrigo, o Brasil ainda não tem uma estratégia para contratação desses serviços. “O que vemos são iniciativas de órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU). O Ministério do Planejamento também acabou de fazer uma grande licitação”, exemplificou. Para o servidor, com a crescente interligação e a necessidade de transmissão de dados, investir em segurança é prioritário.

Sigilo nas informações

A palestra Serpro e seus Desafios também tocou na questão da segurança das informações. A presidente do Serpro, Glória Guimarães, destacou que a instituição é a maior empresa pública de tecnologia da informação do mundo e lida com informações de milhões de cidadãos, como a declaração de Imposto de Renda via Internet, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e várias outras. “Temos que manter o sigilo e a proteção desses dados, um desafio monumental. A tecnologia produzida do Serpro é a espinha dorsal da moderna administração pública brasileira”, asseverou.

Na palestra Superando as Barreiras da Contração de Serviços em Nuvem Computacional, proferida pela professora Fernanda Haddad, os dados que podem ser deixados em nuvem foi regulamentado pela Instrução Normativa MP/SLTI 4 de 2014 . “O normativo determina que dados classificados como sigilosos, como imposto de renda, devem ficar estocados no próprio órgão”, observou.

Segundo ela, a contratação de serviços de computação é um acordo como outro qualquer para o serviço público. “Acredito que a contratação de serviços em nuvem é um caminho sem volta e essencial para a administração pública. Temos cada vez mais dados e menos recursos para cuidar deles”, apontou.

Além das palestras,  foram realizados painéis e oficinas, com temas como Aperfeiçoando a Gestão de TI no Judiciário, Desenvolvimento de Soluções de TI – Agilidade, Segurança e Alto Valor Agregado e Principais Tecnologias para Melhoria dos Serviços Públicos.

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