“A pandemia veio como um desafio, sem aviso prévio, sem test drive; como moro sozinha, tive que lidar comigo e com minhas emoções em tempo integral.” (Ana Paula Santana, da Secretaria de Auditoria Interna).
É verdade, Ana! Foram tempos difíceis, em que muitos precisaram rever ou adiar planos pessoais e profissionais, além de se adaptar a um mundo bem diferente. Protocolos sanitários, isolamento social, suspensão de atividades – o período trouxe incertezas e preocupações. Porém, com o avanço da vacinação e a queda dos números em relação à Covid-19, surge a esperança de dias melhores. O mundo mudou, é fato, mas cabe à sociedade e às instituições, a partir de hoje, buscar caminhos e soluções para enfrentar a nova realidade, sem abandonar o aprendizado adquirido ao longo desse processo.
Para a coordenadora da Auditoria de Governança Institucional e de Gestão (CAUG), Ana Paula Santana, o período serviu de lição no trabalho, pois precisou investir mais em conhecimento tecnológico, equipamentos para home office e ações de capacitação. Além disso, a servidora aprendeu a conciliar o tempo de trabalho e o de lazer. “Houve uma melhora significativa na atuação das tarefas. Consegui me adaptar e cuidar de mim da melhor forma, entendendo que o ‘novo mundo’ e a nova forma de trabalhar on-line trouxeram benefícios”, revelou a servidora que, nesse contexto, ainda se presenteou com a cachorrinha Luna. “Com ela, os dias se tornaram mais interativos e alegres”, brinca.
Para o servidor Sidnei Vicente, da Seção de Gestão de Contratações de TIC, a pandemia ensinou a explorar mais a fundo suas ideias e criatividades para se adaptar a uma condição inédita e desafiadora, em que as demandas precisavam ser atendidas da melhor forma.
“Essa experiência trouxe uma nova visão. Hoje, nossas atitudes estão mais aguçadas e fortalecidas. A humanidade precisou se reinventar e isso a elevou a um novo patamar. Antes da pandemia, a utilização de várias ferramentas de comunicação ainda era tímida; agora, um novo modelo “híbrido” de comunicação vai ajudar e facilitar nossas rotinas”, analisa o servidor.
Grandes transformações
Ainda é cedo para imaginar o que pode acontecer daqui para a frente, mas Daniel Godoy, da Seção de Acompanhamento da Estratégia, destaca que toda revolução acontece depois de uma grande crise, e lembra: “quantas vezes não foi assim na história da humanidade?”. Apesar das dificuldades, Godoy afirma que a família permaneceu unida nos momentos mais críticos.
“Claro que nos afetou. Minha esposa é professora e, de repente, precisou fazer tudo on-line. Já nossa filha adolescente e eu tivemos Covid-19, mas sem sintomas”. O assistente da SAPES se diz hoje muito mais adepto à revolução do teletrabalho. “Penso até em me tornar um nômade quando a esposa aposentar”, faz sua projeção com humor.
O fato é que os servidores passaram por grandes mudanças de comportamento e hábitos. Um dos maiores avanços observados na pandemia foi em relação à rotina digital do STJ. O secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação, Rodrigo Carvalho, comemora os benefícios incorporados ao Tribunal com essa transformação. “A pandemia veio comprovar o quanto somos uma equipe unida! Como é bom ver os colegas, mesmo que nos pequenos quadradinhos do computador, e matar um pouco a saudade do convívio diário. Como é bom termos instrumentos tecnológicos que possibilitem isso! Espero que nunca nos esqueçamos da importância das pessoas em meio a tantos megabytes.”
Como psicólogo, o chefe da Seção de Assistência Psicossocial, Fábio Angelim, ressalta que a pandemia confirmou o valor da solidariedade e do cuidado comunitário como principal recurso de prevenção em saúde mental.
“A pandemia nos tragou para muitas situações de medo, de perdas irreparáveis, de desgaste físico, de exaustão física e psicológica, nos apresentou muito da vulnerabilidade humana”. De acordo com Angelim, cada fase da pandemia ensejou sentimentos coletivos próprios e experiências individuais distintas, em razão das experiências vividas no âmbito familiar e social. “Agora chegamos a uma nova fase, em que os esforços solidários devem continuar prevalecendo”, destaca.
Vamos lá fazer o que será
De acordo com a Resolução STJ/GP n. 9/2022, o retorno ao trabalho presencial no Tribunal começa a partir de hoje (1º). Alguns servidores comentaram sobre a volta às atividades, após esse longo período. A servidora Caroline Gomes, lotada na Seção de Gestão de Desempenho e Carreira, espera que o momento seja marcado pela volta do convívio social e do espírito de união, no âmbito da Corte.
“Acho que o retorno possibilita os trabalhos em equipe e a utilização da estrutura do Tribunal que é muito boa. Inclusive, foram construídos novos ambientes coletivos de trabalho. Estou muito animada para ver os meus amigos de novo!”, comenta Caroline.
“A pandemia me ensinou a ser resiliente, paciente, solidária e, principalmente, a conviver mais com a família. Retornar ao trabalho pode oferecer vários benefícios, como maior foco no trabalho, interação com os colegas, agilidade nos processos internos e separação da vida pessoal da profissional”, afirma a servidora Elciene Martins, que trabalha na Seção de Aprimoramento de Competências Jurídicas.
Entretanto, Elciene faz algumas ponderações: “precisamos oferecer estratégias para uma melhor integração das equipes, como chamar para um bate-papo no cafezinho, palestras sobre o fortalecimento do psicológico, enfim, conscientizar os servidores de que precisamos fortalecer o equilíbrio emocional para voltarmos a ter uma vida dentro do novo normal”, conclui.
Vale lembrar que, mesmo com a volta ao trabalho presencial, a Resolução determina que os protocolos de saúde continuem sendo observados no âmbito da Corte. Como regulamentado pela Instrução Normativa STJ/GP n. 5/2022, o retorno ao trabalho presencial no âmbito do STJ manterá todas as medidas de prevenção orientadas pela Secretaria de Serviços Integrados de Saúde do STJ, tais como: medição da temperatura corporal por meio de termômetro infravermelho – sem contato – para o ingresso às dependências do tribunal; disponibilização de álcool em gel 70% para a higienização das mãos; utilização de máscara de proteção facial que cubra o nariz e a boca; e apresentação do comprovante de vacinação físico ou digital (ConecteSUS) com pelos menos duas doses, ou dose única, conforme a vacina.