Em outubro o Tribunal aderiu a campanha que busca a conscientização do câncer de mama, o Outubro Rosa. Com o objetivo de aumentar o acesso das mulheres ao serviço de saúde e o diagnóstico precoce da doença, a Secretaria de Serviço Integrados de Saúde (SIS) esclareceu as principais dúvidas sobre a patologia e promoveu, no dia 7 de outubro, um bate-papo sobre o tema para as mulheres do Tribunal e do Conselho de Justiça Federal.
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete mulheres no país. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, apenas em 2020, haja cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. O grupo mais propício a desenvolver a doença é o de mulheres acima de 50 anos. Entretanto, pesquisas apontam que 1% dos casos são diagnosticados em homens.
Fatores de risco e diagnóstico
Os principais fatores de risco para a doença são: obesidade ou sobrepeso após a menopausa; primeira gravidez após os 30 anos; falta de atividade física; consumo de bebidas alcoólicas; exposição frequente a radiações ionizantes; primeira menstruação antes dos 12 anos, e menopausa após os 55 anos; não ter tido filhos; não ter amamentado; ter história familiar de câncer de ovário, casos de câncer de mama na família antes dos 50 anos, história familiar de câncer de mama em homens, alteração genética e uso de hormônios em excesso, como anticoncepcional ou terapia de reposição hormonal por mais de cinco anos.
O coordenador de Saúde Ocupacional e Prevenção (CSOP), Daily Margoto Filho, ressaltou que o câncer de mama pode ser percebido pela própria mulher de forma precoce.“Inicialmente, ele se manifesta com nódulo indolor, a pele da mama pode ficar avermelhada e retraída, parecida com casca de laranja, podem ter alterações no mamilo, pequenos nódulos na axila e pescoço, e saída espontânea de líquido pelos mamilos”, explicou o Dr. Daily.
Se a mulher perceber alguma dessas alterações, é importante procurar um médico. Após o aparecimento de um nódulo, devem ser utilizados, além do exame físico da mama, exames de imagem – como ultrassonografia, mamografia ou ressonância magnética. Entretanto, a forma de confirmação do diagnóstico é feita por meio de biópsia do nódulo, que será enviada para análise por patologista.
Tratamento e prevenção
O tratamento do câncer de mama varia de acordo com a fase da doença, conhecido como estadiamento, e do tipo do tumor. Isso pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. Em casos mais avançados, nos quais há a presença de metástase, o tratamento feito é paliativo, com o intuito de prolongar a sobrevida da paciente e melhorar sua qualidade de vida.
Ao ser diagnosticado precocemente, há maiores chances de um tratamento curativo. Por isso, o Exame Periódico de Saúde (EPS), oferecido pelo STJ, serve como forma de diagnóstico precoce. Nele, é solicitada mamografia para as servidoras, em todas as convocações, a partir dos 40 anos. Segundo a Coordenadoria de Saúde Ocupacional e Prevenção (CSOP), no ano de 2019, foram realizados 530 exames de mamografia.
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados e, para isso, devem-se manter hábitos de vida saudável, como praticar atividade física, ter alimentação saudável, manter um peso corpóreo adequado, evitar consumo de bebidas alcóolicas, estimular a amamentação e evitar o uso de hormônios sintéticos.