Edifícios, avenidas, casas, comércios... nada disso! Os primeiros visitantes da região, que se tornou uma das mais prósperas do Distrito Federal, conheceram um cenário bem diferente do de hoje. Em 1749, Taguatinga era uma grande variedade de vegetações típicas do Cerrado e povos indígenas tradicionais, como xavantes, caiapós, xacriabás, javaés e acroás. Foi assim que bandeirantes e tropeiros – os “homens brancos” –, em busca de terras para cultivo, instalaram-se nas futuras terras da cidade de Taguatinga, que seria inaugurada dois séculos mais tarde, por ocasião da construção de Brasília.
A cidade que comemora neste mês 62 anos se tornou morada de muitos operários que se deslocaram de diversas localidades do país para construir a nova capital. Taguá, como é carinhosamente chamada pelos brasilienses, também já foi conhecida por Vila Sarah Kubitschek, depois Santa Cruz de Taguatinga, até receber o nome definitivo: Taguatinga. A primeira “cidade-satélite” de Brasília tornou-se um importante centro comercial do DF e polo de atração para a população de cidades vizinhas.
Curiosidades
Vários servidores do STJ moram em Taguatinga e conhecem de perto o relógio de quatro faces mais famoso da região, localizado na Praça Central, tombado como patrimônio cultural e artístico do DF. Atualmente, a cidade exerce forte papel na economia e na cultura regionais, oferecendo várias atrações de lazer e turismo. Outras regiões administrativas – como Ceilândia, Samambaia, Águas Claras e Vicente Pires – já fizeram parte de Taguatinga, fundada em 5 de junho de 1958.
Mas, de onde surgiu o nome? O sufixo “-tinga” significa “branco” na língua tupi. Com relação ao prefixo “ta’wa-”, há controvérsias; em um primeiro momento, foi traduzido como “ave”, e “ta’wa’tinga” passou a significar “ave branca”. Por essa razão, uma ave faz parte da bandeira da cidade. Depois, verificou-se que o prefixo também poderia ter origem tupi, assumindo novo significado: espécie de argila amarela ou vermelha – inclusive, dando origem à palavra “taba”, casa indígena. Assim, “ta’wa” significaria “barro”, traduzindo o nome da cidade: barro branco.