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Nos últimos dois meses, o público que visitou a exposição multimídia STJ 30 anos, 30 histórias teve a oportunidade de conhecer a trajetória de três décadas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por uma perspectiva especial: a vida das pessoas que dão sentido ao trabalho desenvolvido pela corte.

A mostra, que reúne fotografias de vários personagens e uma série de conteúdos multimídia, segue com visitação aberta até o próximo dia 19, data de encerramento do ano forense no tribunal. A exposição está instalada no primeiro andar do Edifício dos Plenários do STJ, no acesso às salas das sessões de julgamento.

Idealizada e produzida pela Secretaria de Comunicação da corte, a exposição multimídia é derivada da série de reportagens 30 anos, 30 histórias, dedicada a contar a história de pessoas que, por diferentes razões ou perspectivas, tiveram suas vidas ligadas à trajetória do tribunal. São ministros, servidores, advogados, partes ou mesmo indivíduos que sequer desconfiavam que uma decisão do Tribunal da Cidadania poderia ter reflexos em sua existência.

"Pela dedicação de tanta gente comprometida, o Superior Tribunal de Justiça foi concebido e virou realidade; pelo empenho de ministros, advogados, servidores e colaboradores, a corte alcançou a posição de tribunal das causas mais relevantes para o país; e, no patamar mais elevado, estão homens e mulheres, crianças e idosos, trabalhadores urbanos e rurais, gente de toda cor, toda crença, toda condição econômica, indivíduos que aguardam decisões rápidas, efetivas e céleres de nossa corte. Para essas pessoas, o STJ existe", afirmou o presidente, ministro João Otávio de Noronha, na inauguração da exposição, em outubro.

Personag​​ens

Ao longo da exposição, o visitante terá a chance de ver o trabalho da equipe fotográfica do Tribunal, além de autores independentes e de outras instituições. A mostra conta, ainda, com vídeos que trazem mais detalhes sobre os personagens. Com seus relatos, eles ajudam a construir a biografia de 30 anos do STJ. Criada pela Constituição de 1988, a corte foi oficialmente instalada em 7 de abril de 1989.

Integram a exposição pessoas como o cacique Suruy, líder pataxó que deixou a aldeia e veio ao Tribunal para acompanhar um julgamento decisivo sobre a demarcação de terras da sua tribo; e o ministro Gueiros Leite, primeiro presidente da corte, um dos responsáveis por tirar o STJ do abstrato texto constitucional e torná-lo concreto.

Também estão entre esses personagens tão importantes o servidor aposentado Luiz Lopes Batista, o primeiro deficiente a ingressar no Tribunal, em 1990. Cego desde os dois anos de idade em decorrência de um glaucoma congênito, Luiz formou-se em Direito, especializando-se em Direito Constitucional, e foi aprovado em vários concursos públicos. No STJ, ele trabalhou por 28 anos e aposentou-se em março deste ano. 

A mostra apresenta, ainda, o arquiteto Joaquim Gaião Torreão Braz, assessor no Gabinete do diretor-geral, e o engenheiro Guilherme Hudson da Fonseca Gossling Valério, coordenador de Engenharia e Arquitetura. Ainda nos seus primeiros anos no STJ, eles passaram por uma grande experiência ao participarem da construção da nova sede ao lado dos arquitetos Oscar Niemeyer e Hermano Montenegro.

Também estão lá

Quem se interessar por obter mais informações sobre as pessoas retratadas na exposição terá à sua disposição um QR Code em cada painel fotográfico, que remeterá à reportagem original da série publicada no site do tribunal.

Conectadas a conceitos de acessibilidade, as imagens da exposição STJ 30 anos, 30 histórias também estão acompanhadas de conteúdos em braile e, em alguns casos, de audiodescrição.