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20 de novembro de 2018 - ed. 991

Avanços e desafios da sociedade
 

Nesta terça (20), o Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em todo o território nacional. A data foi escolhida em homenagem ao dia da morte do líder negro Zumbi dos Palmares, que lutou contra a escravidão no Brasil. A celebração relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade e os diversos níveis de preconceito enfrentados por gerações afrodescendentes, após o período da escravatura.

Mahina Ferreira, servidora da Seção de Apoio aos Advogados (SAPAD/SJD), percebe que a sociedade, aos poucos, começa a entender o contexto discriminatório no país. “A tomada de consciência de sermos uma nação racista está ajudando na abertura de espaços para os negros, não apenas no campo profissional, mas também na valorização de sua beleza”, garante a colega.

A Lei Federal 10.639, de 9 de janeiro de 2003, instituiu o Dia Nacional da Consciência Negra. No entanto, somente em 2011 a regra foi sancionada (Lei 12.519) e alguns estados decretaram feriado na data. A partir daí, o ensino da cultura afro-brasileira passou a fazer parte do currículo escolar em todo o país. O objetivo dessa iniciativa foi conscientizar a população sobre a importância da etnia em nossa formação social, histórica e cultural.

Um pouco da História

O Brasil é um país com mais de 200 milhões de habitantes. Uma terra formada por indígenas e migrantes que vieram de várias partes do planeta, principalmente da África. Durante o “período sombrio” da humanidade, o tráfico negreiro transatlântico, considerado o maior deslocamento forçado de pessoas da história, trouxe cerca de 5 milhões de africanos escravizados que ajudaram a mudar o país, com a maior população negra fora do continente africano.  Hoje, segundo o IBGE, 53% da população brasileira é negra.

“Definir-me negra foi uma construção, pois quando criança não compreendia a mistura de etnias da qual nasci e quem eu era em uma sociedade que, há 20 anos, ainda superestimava a aparência branca”, afirma Mahina.

Os primeiros africanos trazidos para o Brasil, como escravos, chegaram em 1532 e a abolição do tráfico negreiro ocorreu em 1850, pela Lei Eusébio de Queiroz. Após a abolição formal da escravidão, dia 13 de maio de 1888, a busca por igualdade de direitos jamais cessou. O sentimento de discriminação, vivenciado em todas as áreas, tornou o negro excluído da sociedade, da educação e do mercado de trabalho.

Zumbi dos Palmares

De acordo com a história, Zumbi nasceu livre em um quilombo, aldeia onde viviam escravos fugitivos, e lutou até a morte para defender seu povo contra a escravidão. A região conhecida como “Quilombo dos Palmares” situava-se em uma longa faixa de terra de 200 quilômetros de largura, paralelo à costa, entre o cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e a parte norte do curso do rio São Francisco, hoje no Estado de Alagoas.

Zumbi foi morto durante uma batalha entre os colonos e o Quilombo. Como era costume na época, seu corpo ficou exposto em praça pública para servir de exemplo para que ninguém tentasse se rebelar contra os colonizadores. Mesmo assim, seu exemplo de luta foi passando de geração em geração e ele acabou sendo reconhecido como herói para o povo negro brasileiro.

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