Um sujeito precursor é aquele que traz algo novo, que se antecipa, penetra caminhos desconhecidos e pavimenta a estrada para os que virão logo após. Possivelmente por essas características, a palavra precursora apareça tanto no discurso de quem fala de Maria Amélia de Queiroz, colaboradora que se despediu recentemente do STJ.
Maria Amélia começou no Tribunal há 20 anos, quando foi convidada pelo atual secretário de Serviços Integrados de Saúde (SIS), Bonfim Abrahão Tobias. A fisioterapeuta veio requisitada do Ministério da Saúde para montar a Seção de Fisioterapia, serviço que ainda não existia na Casa.
“Eu atendia em um lugar arranjado. Apesar das dificuldades, conseguimos oferecer um bom trabalho e um atendimento de qualidade”, recorda Maria Amélia.
Tamanha dedicação foi reconhecida pelo secretário da SIS. “Ela é uma pessoa responsável, correta e que ama profundamente o seu trabalho”, define o colega. “Todos vamos ter muita saudade dela. Aliás, já falei que, de vez em quando, ela terá que vir aqui nos visitar”, brincou Bonfim.
Pioneirismo e referência
A unidade cresceu e, com a qualidade do serviço oferecido, logo se tornou referência para a criação de polos de atendimento fisioterapêutico em outros órgãos, como o Supremo Tribunal Federal, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
A chefe da Seção de Assistência Fisioterapêutica (Sefis/SIS), Daniele Sales Maia, afirmou que a fisioterapeuta deixa um legado que vai além do STJ.
“Nós ajudamos a montar o serviço em outros órgãos e até recebemos gente de outros estados para conhecer nossos trabalhos pioneiros. Isso tudo começou com ela. É bonito ver esse exemplo para o tribunal, para a fisioterapia, para a nossa profissão”, relembrou.
Carisma
Maria Amélia extrapola a excelência profissional. Ela ainda é lembrada pelo seu bom humor. “Deixa um legado de respeito, de ouvir o próximo, o que o paciente tem para dizer. O seu acolhimento para com as pessoas marcou a fisioterapia e virou marca registrada graças a ela”, relatou a chefe da Sefis.
Com o carinho expressado no olhar e o amor pela profissão, presente em cada palavra, a colega agradeceu a equipe e ressaltou a sua preocupação em atender aos pacientes com respeito e dedicação.
“Nossa equipe tinha um relacionamento e um ambiente muito bons, apesar de achar que, às vezes, a minha risada era demais”, comenta, bem humorada. “Eu sempre fui feliz no STJ e saio com um sentimento de gratidão, respeito e amizade”, disse, emocionada.
Fotos: José Alberto