A preservação da água é um demanda importante da atualidade. Isso porque, de acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica, em 2015, de 111 rios brasileiros analisados, 21 tinham a qualidade da água tão ruim que mesmo passando por tratamento não poderia ser usada para consumo. Isso acontece devido à alta poluição das águas. A responsabilidade do Brasil é ainda maior, porque o país possui ao menos 21% dos recursos hídricos da Terra.
Além da poluição, outro problema que preocupa é a escassez da água. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, a escassez de água já afeta mais de 40% da população do planeta Terra. A seca é realidade aqui no Distrito Federal e em 2017 não está sendo diferente. As medições realizadas pela Adasa em 16 de janeiro, data em que teve início o racionamento em algumas regiões do DF, mostram que o reservatório do Descoberto está operando com o volume útil de 19% e o de Santa Maria com 40%.
Como forma de conscientização a respeito da preservação desse recurso hídrico finito e indispensável à vida humana, foram instituídos o Dia Mundial da Água (22/03) e o Dia Mundial pela Limpeza da Água (19/09).
Desde 2011, o Superior Tribunal de Justiça em parceria com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) realiza o Projeto Biguá. A parceria tem como intuito estimular que servidores, terceirizados e estagiários entreguem o óleo de cozinha já utilizado, evitando que seja despejado na pia.
De acordo com a servidora Carolina Lima, da Assessoria de Gestão Socioambiental (AGS) os ganhos com esse projeto são para o meio ambiente e para a sociedade como um todo.
“É fundamental economizar e cuidar da qualidade da água do planeta, não só para a nossa qualidade de vida, mas para a garantia da vida das gerações futuras. Por esta razão, o STJ realiza ações para a preservação deste bem tão precioso, e o Projeto Biguá traz benefício para todos, transformando um resíduo com potencial poluidor em fonte de energia”, ressalta.
No lugar certo
Todo o óleo recolhido é encaminhado pela Assessoria de Gestão Socioambiental (AGS) à usina de produção de biocombustível da Caesb e transformado em biocombustível. A servidora da AGS Natália Morgado Nardi esclarece que o óleo de cozinha quando jogado diretamente no sistema de esgoto pode ficar retido nos canos, dificultando a passagem da água e causando entupimentos e, possivelmente, extravasamentos.
Natália explica, ainda, que ao chegar às estações de tratamento pode contaminar mananciais, como rios e lagos. “Segundo a Caesb, um litro de óleo é capaz de poluir até 200 litros de água”.
Gostou da ideia? Participe também do projeto e ajude na preservação da água do nosso planeta. Basta guardar o óleo de cozinha utilizado em recipientes plásticos pet ou do tipo de amaciante de roupa ou de água sanitária.
Quando o recipiente estiver cheio, é só trazê-lo para o tribunal e despejá-lo no reservatório, que fica localizado em frente ao restaurante, na Praça do Servidor.
Mais informações com a AGS pelo ramal 6210.