Há 20 anos, a Coordenadoria de Memória e Cultura (CULT/SED) se dedica a projetos socioeducativos, levando educação e cidadania às pessoas. Ações como as do Museu-Escola, Despertar Vocacional Jurídico, Saber Universitário da Justiça e Sociedade para Todas as Idades já atingiram um público de mais de 200 mil pessoas, sendo realizadas sempre de forma presencial. Contudo, com a chegada da pandemia, houve a necessidade de adaptação à nova realidade e inovação nos processos de trabalho. Assim, os projetos do setor precisaram migrar para o contexto virtual, utilizando-se de videoconferências.
O coordenador de Memória e Cultura, Jaime Cipriani, salienta que “o novo formato permite que a CULT, por meio da Seção Educativa e Social (SEDUC), continue sendo um poderoso instrumento de fortalecimento da cidadania, promovendo conhecimentos e habilidades, e estimulando atitudes essenciais à garantia de direitos fundamentais de crianças, adolescentes, universitários e idosos”.
Diante desse cenário, no último mês, o Despertar Vocacional Jurídico (DVJ) e o Sociedade para Todas as Idades voltaram a atender o público externo, com o objetivo de preparar a unidade para o retorno oficial dos projetos no segundo semestre. A previsão é de que eles sejam feitos virtualmente, enquanto perdurarem as restrições da pandemia.
Como foi a experiência?
O DVJ atendeu quatro colégios do Distrito Federal e entorno, totalizando 106 estudantes de Ensino Médio: Servos da Rainha (Valparaíso/GO), Educandário de Fátima (Riacho Fundo II), Santa Rita de Cássia (Sobradinho) e Seriös (Asa Sul). Os encontros foram conduzidos pela servidora Jéssica de Oliveira, gestora do projeto, e tiveram a participação dos palestrantes Marcos José de Oliveira, Cezar Degraf, Marcos Mairton e Marcelo Cruvinel, todos especialistas na área jurídica.
Os palestrantes falaram sobre Poderes da República (com ênfase no Judiciário), história, cidadania, carreiras jurídicas e sobre o próprio STJ. O DVJ obteve um ótimo retorno do público docente e discente. Responsáveis por acompanhar as turmas, os professores destacaram que “o projeto desperta a curiosidade dos alunos sobre o mundo jurídico e contribui para incentivá-los, despertando o interesse na área”. No final, eles elogiaram o trabalho e a iniciativa do novo modelo virtual: “é um privilégio participar do DVJ!”.
Já os estudantes disseram que as atividades ajudaram a compreender melhor a área e a profissão que escolheram, ou pensam seguir. Segundo os jovens aprendizes, as apresentações foram didáticas, bem elaboradas e esclarecedoras.
Idade sem barreiras
No projeto Sociedade para Todas as Idades, foram atendidos 35 idosos do grupo IFB de Ceilândia. Ainda há mais um encontro agendado para julho. As interações virtuais foram conduzidas pelos servidores Daniel Mendes e Rosimeira Lopes. Na ocasião, foram discutidos os temas Violência contra a terceira idade e Saúde mental na maturidade. Para Valmir Vargas, chefe da SEDUC, “as temáticas abordadas são imprescindíveis neste momento de isolamento social e outras dificuldades decorrentes da pandemia”.
As palestras foram ministradas pela dra. Mônica Barroso (defensora pública do Ceará) e pelo dr. Fábio Angelim (psicólogo do STJ), respectivamente. Os participantes foram orientados a promover a cidadania e fomentar a valoração e integração social. Após o evento, eles também enalteceram a maneira como os temas foram abordados.
Os outros projetos, Museu-Escola e Saber Universitário da Justiça, realizaram apenas eventos virtuais internos, com participação de colaboradores da própria Coordenadoria. O objetivo foi promover ajustes finais antes da implementação definitiva para o público externo. Segundo os organizadores, a previsão é de que no próximo mês seja aberta a agenda para atendimento às instituições parceiras.