Nessa sexta (24), foram apresentados os resultados do Projeto Inteligência Artificial. O projeto-piloto, com duração de 60 dias, contou com os esforços das Secretarias Judiciária (SJD), de Tecnologia da Informação e Comunicação (STI) e da Auditoria Interna (AUD). O evento ocorreu no Mezanino do Edifício dos Plenários.
A iniciativa de investir na inteligência artificial começou quando, pela grande quantidade de processos e número reduzido de recursos humanos, a Secretaria Judiciária passou a enfrentar dificuldades para fornecer dados solicitados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“A Secretaria Judiciária não estava conseguindo fazer uma pré-classificação dos processos”, explicou o secretário Judiciário, Rubens César Gonçalves Rios. Situação que, segundo o gestor, foi resolvida. “Estamos partindo agora para uma segunda etapa”, avaliou Rubens.
Inovação
O secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação (STI), Rodrigo de Almeida Carvalho, esclareceu que as etapas de classificação e indexação legislativa deram início ao projeto-piloto. “Dentro do Sistema Justiça, temos a leitura de uma peça automaticamente e a classificação do assunto, depois acontece a retroalimentação do sistema”, disse o secretário.
Rodrigo também ressaltou a importância de aliar o conhecimento humano à inteligência artificial. “A inteligência artificial sozinha não funciona, pois é uma simulação do conhecimento humano. Durante o projeto-piloto foi preciso saber se seria possível usar a linguagem natural para fazer a leitura das peças processuais, agrupar um conjunto de processos por similaridade e identificar padrões dentro do texto. Com esses três conceitos, daqui pra frente, a imaginação é o limite”, explicou o secretário.
Para finalizar, Rodrigo destacou o apoio dado pela Presidência ao projeto-piloto. “A ministra Laurita Vaz disse que podíamos inovar. Isso, para a área de tecnologia da informação, é essencial”, concluiu.