Chega ao fim a primeira turma do curso Armamento e Tiro, uma parceria entre o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Departamento de Polícia Federal (DPF). A capacitação ainda prevê mais duas turmas até o final do mês.
A secretária de Segurança (SSE), Penélope Automar Leme Gama, esclarece que este curso complementa os conhecimentos auferidos no Programa de Reciclagem de Segurança do Tribunal, concluído em 2017, com a matéria Segurança de Dignitários e a aplicação do Teste de Aptidão Física (TAF).
“ A intenção é atualizar os servidores quanto às técnicas mais modernas e possibilitar que os mesmos tenham condições de obter o porte funcional, seguindo as exigências da Polícia Federal sobre o assunto. Em 2018 já realizamos também o curso de Direção Operacional, como treinamento complementar”, pontuou a gestora.
A secretária explicou, ainda, que as aulas ocorrem na Academia Nacional de Polícia (ANP), e preveem exposições teóricas e parte prática, com uma carga horária total de 32h/a. “Ao final do curso, eles passam por uma avaliação teórica e outra prática, para atestar que os conhecimentos foram assimilados. O porte de arma será conferido apenas aos que atingirem a média de 70% de aproveitamento”, detalhou Penélope.
Segurança acima de tudo
O treinamento atende ao previsto na Resolução N° 4 de 28 de fevereiro de 2014 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e na Resolução Nº 2 de 3 de março de 2016, do STJ, que estabelecem normas de segurança e autorizam os servidores dessa área, quando no exercício de suas funções, a portarem arma de fogo.
De acordo com o chefe da Seção de Segurança Ostensiva e de Monitoramento (SESOM/SSE), Rodrigo Vasconcelos, as normas estabelecem, ainda, que somente 50% do efetivo de segurança do Tribunal poderá fazer uso do armamento. A unidade é responsável por gerenciar o controle de armazenamento, entrada e saída do equipamento.
Nesse sentido, o coordenador de segurança (CSEG/SSE), Jair Pereira da Silva, ressaltou que o foco principal do curso é a segurança.
“O material adquirido pelo Tribunal é de ponta, mas, mesmo assim, é indispensável que os servidores saibam manuseá-lo da melhor forma possível. Quando se trata de armamento de fogo, acidentes não são tolerados”, enfatizou Jair.
A prática leva à perfeição
Contando com aulas que ensinam os alunos a manusearem, desmontarem e solucionarem eventuais panes que possam acontecer no equipamento, o curso vai muito além do simples “apontar, fogo! ”.
Dentro da carga horária, a maior parte da instrução envolve atividades práticas, ligadas diretamente ao manuseio das armas. As aulas ensinam aos servidores conceitos que vão do básico, como empunhadura e respiração corretas, a ensinamentos mais avançados, como efetuar disparos a partir de diversas distâncias e posições.
O chefe da Seção de Segurança de Dignitários e Ambientes de Julgamento (SEDAJ/SSE), Marcelo Borel Lucindo, destacou que o aprendizado constante é imprescindível, “pois serve tanto para reciclar conhecimentos que possam estar desatualizados, como para incorporar novos aprendizados à nossa rotina funcional”, elucidou.
Para o gestor, a natureza da atividade de segurança também deve ser considerada. “Atuamos com a prevenção, e será justamente essa a função do armamento no Tribunal”, justificou.
Fotos: Gustavo Lima