Usar o próprio capital humano e focar na efetividade das ações. Esses foram os pontos destacados pelo chefe da Seção de Educação a Distância (Seadi/SGP), Ânderson Jônio Lopes, na última quarta (14), durante apresentação feita para representantes da Secretaria de Economia e Finanças do Exército, sobre as metodologias de educação corporativa do STJ.
O general Antônio Amaro de Lima Filho, diretor de Gestão Especial, afirmou que o STJ já é reconhecido como uma referência na área de educação para instituições públicas, o que despertou o interesse dos militares em conhecer as práticas do Tribunal da Cidadania.
Ânderson Jônio destacou que a equipe da Seadi tornou-se um grupo multidisciplinar. “Ao longo de seis anos reunimos vários talentos de dentro do próprio Tribunal. Temos, por exemplo, colegas formados em Psicologia, Comunicação Social, Pedagogia, TI, Desenho Industrial e Filosofia. Isso ajuda muito a ter várias perspectivas na elaboração de cursos”, observou.
Segundo ele, a equipe aprendeu a fazer cursos de EaD em conjunto. “Hoje já chegamos a um ponto de amadurecimento em que podemos adotar outros modelos, como o presencial, híbrido de EaD e presencial, sala de aula invertida e vários outros”, exemplificou.
Capital humano
O chefe da Seadi esclareceu que a opção de criar uma equipe própria e desenvolver os cursos internamente, tem vantagens e desvantagens. “Entre as desvantagens, estão um maior tempo para o desenvolvimento dos cursos e para a captação de talentos”, detalhou. Entretanto, as vantagens são inúmeras. “Os custos caem consideravelmente. Há a possibilidade de atualização interna e os formatos são adaptados às reais necessidades do STJ.”, enumerou.
Os cursos levam normalmente entre quatro e seis meses para serem desenvolvidos. “Os conteudistas geralmente são os tutores da primeira turma, o que ajuda a aparar as arestas das capacitações”, elucidou Ânderson Jônio.
Segundo ele, uma ferramenta importante para identificar conteudistas, revisores de texto, desenhistas e tutores é o Banco de Identificação de Talentos, mantido pela Seção de Movimentação de Pessoas (Semop/SGP). O banco lista capacidades e conhecimentos dos servidores, que muitas vezes não são relacionadas às atividades executadas nas suas unidades.
Metodologia
Os cursos podem começar por iniciativa da própria unidade ou a pedido das unidades. “Um dos mecanismos que usamos para identificar a necessidade de capacitação é o Aprimore, nosso programa de gestão por competências. Ele fornece subsídios para elaborarmos nossa estratégia de cursos”, ressaltou Joel de Castro Mota, servidor da Seadi.
Segundo Joel, depois de identificada, a necessidade entra no cronograma para que seja analisada. Em seguida, será identificado o modelo educacional mais apropriado para a capacitação. Na sequência, é feito um desenho do curso para que possa entrar na fase de elaboração.
A servidora Juliana Bernardes detalhou que o STJ também recebe ações educacionais de outras instituições, por meio de acordos de cooperação. O Tribunal também disponibiliza seus cursos para outros órgãos interessados. “Além disso, são oferecidas capacitações para a população, com grande procura”, acrescentou.
Desafios dos militares
O general Amaro afirmou que vários dos métodos adotados pela Casa podem ser aproveitados no Exército. “A estrutura do STJ é enxuta e simples e, mais importante, eficaz e parece atingir os resultados pretendidos”, opinou.
O militar disse, ainda, que o fato de usar talentos próprios auxiliaria o Exército na resolução dos desafios de capacitar militares. “Uma das maiores dificuldades é a alta rotatividade de pessoal, que é frequentemente transferido de unidade ou até de cidade. Precisamos de cursos dinâmicos”, descreveu. Ele também elogiou a possibilidade de atualizar internamente os cursos.
Mais informações com a Seadi nos ramais 9643, 8392 e 9582.