O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu com tristeza e imensa consternação a notícia sobre a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki em acidente aéreo nessa quinta-feira (19). O magistrado foi integrante desta Corte durante nove anos e deixou um legado de lições inestimáveis no campo jurídico e ético, que perdurarão por gerações.
“Com o destaque e brilhantismo que sempre o caracterizaram, prestava serviço inestimável ao país como ministro do STF. Perde a magistratura um exemplo de juiz e a sociedade brasileira, um grande homem público. Altivez de caráter, ética, dinamismo, sabedoria e sensibilidade humana são qualidades que tornam o ministro Teori exemplo a ser seguido por gerações de hoje e do amanhã”, afirma o presidente em exercício do STJ e do Conselho da Justiça Federal, ministro Humberto Martins.
A ministra Laurita Vaz, presidente do STJ, expressou suas condolências em mensagem aos colegas do tribunal: “O Brasil perdeu hoje um dos mais brilhantes juristas que já tivemos. Por onde passou, conquistou o respeito de todos, não só pela sua notável inteligência e conhecimento, mas também pela sua honestidade e retidão. Não há palavras que expressem ou mensurem a falta que nos fará a extraordinária pessoa do grande amigo Teori. Que Deus nos dê resignação, e conforto à família do ministro diante de tão grande perda.”
Trajetória
O ministro Teori Albino Zavascki nasceu na cidade de Faxinal dos Guedes (SC), a 520 km da capital catarinense, em 15 de agosto de 1948. Bacharel em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também concluiu o mestrado e o doutorado em direito processual civil, foi casado com Maria Helena Marques de Castro Zavascki (falecida em 2013) e tinha três filhos.
Teori Zavascki começou a carreira como advogado do Banco Central e, mesmo após ter sido nomeado para os cargos de juiz federal e consultor jurídico do Estado do Rio Grande do Sul, optou por permanecer na autarquia. Entre 1989 e 2003, Zavascki foi desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, cargo que ocupou pelo quinto constitucional. Saiu do tribunal para ingressar no STJ, em 2003.
Durante os nove anos de atividade no STJ, o ministro foi presidente da Primeira Turma e da Primeira Seção, além de integrar a Corte Especial e o Conselho da Justiça Federal. Ele se aposentou do tribunal em 2012, passando a ocupar vaga no STF.