Avaliação é algo corriqueiro, mas quando é feita no serviço público exige sistematização, conformidade e formalidade. Na tarde desta segunda (5), a Seção de Aprimoramento Gerencial e Cidadania (Sagec/SGP) promoveu mais uma edição do Encontro com Notáveis, com o tema Gestão de Desempenho no Estágio Probatório. O evento ocorreu no Auditório Externo do tribunal e reuniu gestores de diversas unidades.
Alessandro Garcia Vieira, um dos palestrantes da capacitação e chefe da Assessoria de Ética e Disciplina, tratou da Lei n. 8112/90 e das medidas disciplinares aplicáveis a ocupantes de cargos públicos, entre outros tópicos. Segundo ele, o conhecimento sobre a estruturação da Administração Pública é importante para a boa adaptação de novos servidores.
“Muitos vieram da iniciativa privada e certos comportamentos e iniciativas não são apropriados no setor público”, observa. Para ele, uma das maneiras do gestor corrigir isso é proporcionar aos servidores capacitações e apoio.
Sem receio de avaliar
Por outro lado, o gestor não pode ter receio de avaliar. “Mesmo uma avaliação negativa pode ser importante para o desenvolvimento do servidor, pois indica os pontos que precisam ser aprimorados”, afirmou. Alessandro Garcia destacou ainda que os gestores têm obrigação legal de fazer uma avaliação adequada dos servidores.
Outra palestrante do curso, a psicóloga e servidora da Seção de Gestão de Desempenho e Desenvolvimento na Carreira (Sedec/SGP) Valéria Madeira Muniz, asseverou a importância de registrar o desempenho dos servidores de modo adequado nos formulários. “Essa qualificação ajuda a conscientizar os gestores da importância de fazer uma avaliação sistematizada e constante dos servidores”, explica.
Erros comuns
Entre os erros mais comuns cometidos pelos gestores está a “recenticidade” quando a avaliação só leva em conta os comportamentos mais recentes do avaliado. “Outro erro comum é a chamada ‘tendência central’, quando todas as avaliações são feitas próximas a média, para evitar que os gestores tenham que dar explicações”, revela Valéria Madeira.
Um dos participantes do curso, Vitor Dutra Freire, chefe da Seção de Auditoria de Gestão de Tecnologia da Informação (SAGTI/SCI), observa que na sua área erros são mais visíveis e têm impacto direto no andamento processual. “Para avaliar um servidor, temos que observar um conjunto de coisas, como a postura, o relacionamento com os colegas e o conhecimento na execução das tarefas. Essa capacitação é importante para padronizar essa avaliação”, afirma. Ele também observa que a preocupação prioritária deve ser o serviço público e a equipe.