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8 de julho de 2016 - ed. 432

Quase 300 sessões e muito a revelar
 

Quando Meibe Mariane Teixeira Cutrim começou sua carreira ainda não havia o STJ, mas sim o Tribunal Federal de Recursos (TFR). Por 31 anos, a colega trabalhou em diversas áreas do tribunal e se  aposentou no último dia 30.

Segundo ela, nunca pensou em trabalhar em outro lugar. “Desde o começo eu achei o ambiente aqui tão bom e eu aprendi tanto durante esses anos que eu não imagino ter tido outra vida”, afirma.

Natural do Rio de Janeiro, Meibe Mariane veio com os pais para Brasília em 1967. “Meu pai era da Polícia Federal e mudávamos de tempos em tempos. Cheguei a morar 10 anos em São Luís, no Maranhão”, relembra.

Ela entrou no antigo TFR em 1985, ainda na sede que ficava no Setor de Autarquias Sul, tendo concluído seu curso de direito no Ceub em 1986. “Um dos meus primeiros trabalhos foi como oficial de gabinete do ministro Athos Gusmão Carneiro, já falecido”, diz. Meibe declara que o ministro não foi apenas um chefe, e sim  um amigo e mentor.

A servidora também atuou no gabinete do ministro Assis Toledo, também falecido. “Como em várias ocasiões, encontrei um clima familiar, que facilitava muito o trabalho e o aprendizado”, revela. Sua última lotação em gabinete no do atual presidente do STJ, ministro Francisco Falcão.

Em 2000, ela passou a exercer suas atividades na Coordenadoria da Segunda Seção, na Seção de Apoio a Julgamentos. Participou de quase 300 sessões, em uma época de muitas mudanças. “Eu acompanhei a transição do processo em papel para o digital, a implantação do Sistema Justiça e até a instalação dos computadores. Quando comecei, eu ainda tinha que datilografar”, recorda.

Emoção e reconhecimento

No dia 8 de junho deste ano, o ministro Raul Araújo, presidente da Segunda Seção, homenageou a colega Meibe Mariane. O ministro expressou a sua emoção. “É um misto de alegria, de satisfação, mas ao mesmo tempo com aquela marca de saudade. Foram 31 anos de excelentes serviços prestados ao nosso tribunal, ao TFR e ao Judiciário do Brasil”, destacou o magistrado.  

Meibe destacou que homenagem foi uma surpresa, e as palavras do ministro Raul Araújo foram muito importantes. “Foi um reconhecimento ao meu trabalho e esforço. Sensação de dever cumprido”, constata. Mas, afirma que sentirá falta das pessoas e lembra, com emoção, do apoio recebido pelos colegas, quando teve um infarto agudo do miocárdio, em 2011. “Uma pessoa que se destacou foi a Ana Elisa. Trabalhamos juntas por 16 anos e sempre apoiamos uma à outra”, salienta.

      

Outra lembrança que emocionou foi um cartão feito pelo colega Natanael Souza de Paiva. “Usaram a capa de um recurso especial e fizeram como se fosse um processo, mas com várias mensagens e fotos. Amei!”, descreve.

Proteção aos animais

Uma das grandes paixões de Meibe Mariane são os cães. A servidora conta que o primeiro veio para ela em um momento difícil, quando estava superando uma depressão. “Eu não gostava muito de cães, mas resgatei um que estava doente e levei ao veterinário. Depois vieram outros. Parece que a gente cria um ímã com eles”, brinca. Hoje, ela cuida de 13 cães e com a aposentadoria terá mais tempo para se dedicar a esses animais.

Meibe tem outros planos para seus amigos de quatro patas. “Penso em voltar reativar a minha licença da OAB, fazer alguns cursos de atualização e trabalhar na área de direito dos animais e ambiental”, diz. Segundo ela, ainda há poucas pessoas trabalhando nessas áreas no Brasil e o trabalho é urgente e necessário. 

Fotos: Sérgio Amaral e arquivo pessoal

 

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