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10 de fevereiro de 2021 - ed. 1538

O que é preciso saber?
 

Na última quinta (4), a Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS) promoveu a roda de conversa com o tema Vacina Covid-19: o que precisamos saber?. O bate papo atraiu a atenção de muitos servidores e abordou questões de extrema relevância nestes tempos em que a imunização traz esperanças mundiais.

A condução do evento ficou por conta da psicóloga Rowena Carraca, lotada na Seção de Assistencia Psicossocial (SEAPS/SIS) e do médico Cledson Reis, chefe da Seção de Assistência Médica (SASME/SIS). Eles apresentaram as principais vacinas no mercado e suas características, os efeitos colaterais, os grupos de risco e suas particularidades, e esclareceram dúvidas trazidas pelos participantes.

Hoje no Brasil, as vacinas mais discutidas são a Coronavac e a AstraZeneca por serem medicamentos aprovados pela Anvisa para uso emergencial no país.

A Coronavac é de origem chinesa e atua por meio da inativação do próprio Covid-19. Possui eficácia geral de 50,38%, caso um indivíduo imunizado seja infectado pelo vírus, a vacina tem 100% de eficácia contra adoecimento grave e 78% para prevenir casos leves.

A AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford, será produzida no Brasil pela Fiocruz. Ela utiliza uma tecnologia nova chamada Vetor Viral não Replicante. Por utilizar um vírus vivo, mesmo que de baixo potencial ofensivo para o organismo, pode apresentar mais restrições de aplicação aos grupos de risco que a Coronavac. Mesmo assim, com apenas uma dose a vacina já alcança 73% de eficácia geral, além de proteger contra o surgimento de sintomas graves e evitar, em 100%, os casos de hospitalização.

Outras alternativas

Um nome que vem ganhando muito espaço no cenário nacional é a russa Sputnik V. Produzida pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa da Rússia, apresenta a surpreendente eficácia geral de 91,6% contra a doença e utiliza a mesma tecnologia da AstraZeneca chamada Vetor Viral. Ela gerou desconfianças ao ser lançada antes da publicação dos resultados, porém tal desconfiança foi recentemente vencida com o lançamento de seus resultados na conceituada revista científica Lancet. Além do mais, ela é produzida aqui no Distrito Federal em uma fábrica da União Química S/A, localizada no Polo JK, em Santa Maria. 

Outros dois nomes de importância mundial são as vacinas fabricadas pelos laboratórios Pfizer e Moderna. Ambas têm um custo mais elevado que as concorrentes, exigem mais logística de transporte e manutenção, por necessitarem de temperaturas baixas para seu  armazenagem.

Informações importantes

Como todas as vacinas, as duas aprovadas para uso emergenciais no Brasil também podem causar alguns desconfortos após sua administração, contudo os efeitos graves são bem raros. Após a aplicação das duas doses, dependendo da vacina, são necessários 30 dias para a imunização e o contato seguro.

Os imunizantes a cada dia demostram segurança clínica e estão permitindo, gradativamente, as nações voltarem à normalidade impedida pela novo coronavírus. E, enquanto as vacinas não estão acessíveis para todos, a melhor recomendação é manter as medidas de proteção como respeito e cuidado ao próximo.

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