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Formas orgânicas, com uma concepção unitária e metafísica da natureza. A exposição A Parte e o Todo, do artista colombiano Pablo Manrique, traz 23 telas com inspiração no oceano e no reino vegetal – especialmente da Serra do Mar, no Brasil. A mostra foi aberta na noite dessa quinta (8), no Espaço Cultural STJ.

Segundo Manrique, a série de quadros da exposição é o resultado de quase dois anos de trabalho. Radicado no Brasil desde 2015, o artista afirmou que a vinda para o país ampliou seus horizontes e trouxe outras perspectivas sobre a arte. “Ninguém é profeta em sua própria terra. Ficar perto da família e da Colômbia é uma grande fonte de inspiração, mas traduzir minha arte para outra cultura é um desafio muito interessante”, declarou.

Sentindo a natureza

Manrique expõe no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela primeira vez. Ele afirmou que é sempre bom aproximar a arte das pessoas.

“A natureza não é algo só para ser visto, é algo para ser sentido. E quando sentimos isso, aprendemos mais sobre nós mesmos”, explicou. O artista ressaltou que vários artistas influenciam sua obra, como o brasileiro Portinari, o chileno Roberto Matta e o mestre colombiano Armando Villegas, com quem Manrique estudou. As pinturas do expositor também lembram a arte naïf, de Henri-Julien Rousseau.

Um dos visitantes foi o embaixador da Colômbia, Dario Montoyo, que disse ter ficado impressionado com a arquitetura do STJ. “Essa é a primeira vez que visito o espaço, e achei o Tribunal um dos mais belos prédios públicos da cidade”, declarou. Ele também ressaltou a importância de instituições, como o STJ, esforçarem-se para investir em arte, especialmente na de um país vizinho.

Também presente, o embaixador do México, José Ignacio Piña Rojas, acrescentou que essas iniciativas reforçam os laços artísticos no continente. “O Brasil, a Colômbia, o México e os vários países latinos têm grandes artistas. Por isso, é fundamental os órgãos públicos divulgá-los”, opinou. O embaixador informou que a sua embaixada abrirá um novo espaço cultural em meados de setembro. “Espero que isso facilite a divulgação de artistas de meu país em Brasília, inclusive expondo neste espaço no STJ”, concluiu.

A exposição ficará aberta até 6 de setembro, de segunda a sexta, das 9h às 19h.

Mais informações com a Coordenadoria de Memória e Cultura (CULT/SED), no ramal 8373.