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3 de maio de 2019 - ed. 1100

O infinito particular de Luciana Assunção
 

Para conhecer melhor o talento da servidora Luciana Assunção, acesse o blog: http://lulupisces.blogspot.com/. Lá você encontra mais de 700 textos elaborados pela jornalista e publicitária, que desde a alfabetização já ensaiava seus dotes literários. Criado em 2002, o nome do blog surgiu da combinação entre o apelido que Luciana recebeu ao longo da carreira (Lulu) e o signo: Peixes.

Hoje, a escritora brasiliense se prepara para lançar o primeiro livro, intitulado As desventuras de uma mulher que levou um susto e sobreviveu. A obra traz uma seleção dos melhores textos publicados pela autora no espaço virtual. Dona de um estilo dinâmico e criativo, Luciana imprime em suas crônicas uma linguagem envolvente para falar de coisas simples, do dia a dia, e também dos próprios sentimentos.

“Hoje em dia, escritores e críticos literários falam em ‘autoficção’. Mas acho que meus textos são confissões com pitadas de criatividade e insanidade”, brinca a escritora.

A renomada editora carioca Confraria do Vento, vencedora de prêmios importantes, como Portugal Telecom e Açorianos de Literatura, é a responsável pela publicação da obra. Em meio à realização desse sonho, Luciana convida os amantes da leitura para o lançamento de suas Desventuras, que ocorre na próxima quinta (9), no Ernesto Café, na 115 Sul, a partir das 19h. “Esperei tantos anos por essa oportunidade!”, comemora.

Conta mais, Lu

Luciana explica que a paixão pela escrita vem da adolescência e que, quando morou em Nova York, entre os anos de 2001 e 2002, mandava relatos do seu cotidiano para a família e os amigos, via e-mail. “Naquela época não havia essa facilidade toda de celulares e redes sociais. Era uma maneira de sentir menos saudade e de me manter perto das pessoas no Brasil. Os relatos faziam sucesso e a mailing list cresceu”, recorda.

A escritora, formada em Jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e em Publicidade pela Universidade de Brasília (UnB), confessa ser complexa a tarefa de falar sobre suas maiores influências. Porém, entre elas estão Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado, Mario Quintana, Guimarães Rosa, Umberto Eco, Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector e Tolstói, além de grandes compositores.

Trabalho e literatura

"Escrever é uma catarse, uma autoterapia, por mais clichê que possa parecer. A ideia do blog surgiu num momento de crise, de tédio absoluto no trabalho”, relata a servidora, que precisou encontrar um “canal” para expor sua criatividade textual e não sucumbir à depressão. “Escolhi a primeira opção”, provoca Luciana.

A servidora tomou posse no STJ em 1996. “Sou quase um patrimônio imaterial do Tribunal”, diverte-se a jornalista e publicitária que trabalhou durante 15 anos na Secretaria de Comunicação Social (SCO). Para conciliar literatura e trabalho, Luciana explica que escrevia matérias para o site e a intranet e, entre uma e outra, para o blog.

“Em todos os setores nos quais trabalhei aqui no STJ, sempre busquei a criatividade e a oportunidade de criar projetos relativos à informação textual. Hoje, trabalho como revisora bissexta no gabinete do ministro Rogerio Schietti. Entre um erro de Português e outro, escrevo meus textos. As ideias pululam e é preciso despejá-las para não pirar”, conclui.

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