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22 de novembro de 2019 - ed. 1239

A estrada e a ciclista
 

Pedalar e superar os próprios limites. A recepcionista da Seção de Documentos Administrativos (SEDAD/SED) Marisete Andrade Couto descobriu sua paixão pelo ciclismo há cerca de seis anos. “Entrei no STJ em 2004. Quando comecei a trabalhar na SEDAD, conheci um colega que fazia ciclismo e ele me convidou. Pouco depois eu já havia sido fisgada e comecei a treinar”, recorda.

Tudo na caixinha

Para Marisete, pedalar é uma válvula de escape. “Sou estressada, mas quando monto na bicicleta, meus problemas ficam trancados em uma caixinha”, comenta. A colega diz que começou a pedalar numa Mountain bike, o tipo de bicicleta mais comum no Brasil. Elas têm pneus mais largos, suspensão reforçada, quadros mais resistentes e são próprias para terrenos mais acidentados, estradas de terra e trilhas. “Depois eu troquei por uma speed – ou de corrida –, com pneus bem finos e quadro leve, feita para velocidades mais altas. Também fui aprendendo as técnicas com outros ciclistas”, explica.

A recepcionista conta que faz três treinos por semana: dois de quarenta quilômetros e um “longão”, de 100 quilômetros, no fim de semana. “Além disso, venho todos os dias de bicicleta para o trabalho. Eu moro em Águas Claras, mas venho de metrô até a 114 Sul e, de lá, até o STJ. A distância dá mais ou menos uns 8 quilômetros. Não dá nem para aquecer”, brinca. Segundo ela, quando tem companhia, vem de sua casa até o STJ. “Aí a distância sobe para 20 quilômetros pedalando. Só eu, meu parceiro e os carros”, detalha.

Marisete, a audaz

Tanto treino preparou a atleta para um evento ciclístico de origem francesa: O Audax, uma prova baseada no Randonneur francês. “A ideia não é competir, mas completar o percurso inteiro, passando pelos pontos de checagem”, esclarece. Ela recorda que seu primeiro trajeto foi de 200 quilômetros, com um tempo de 13 horas e 30 minutos, incluindo pausas de descanso e passagens nos postos de checagem. “Nós pedalamos na estrada, sem equipe própria ou outras ajudas. Só temos um carro de apoio para todos os competidores”, lembra.

Os ciclistas saíram do Lago Sul e pedalaram até Iparemi, no interior de Goiás. “Largaram 17, mas só 14 completaram”, frisa. Ela diz que fez mais três Audax de 200 quilômetros. “Em março do ano passado, tentei fazer um de 300 quilômetros, mas passei mal e não consegui completar. E fiquei com aquilo na cabeça”, relembra.

No final de 2018, ela foi convidada por outro grupo para fazer a “série completa” do Audax: percursos de 200, 300, 400 e 600 quilômetros, em um período de um ano. “Eu já fiz todos, no Clube Randoneiro Cristal. Isso me qualifica para ser uma super-randoneira”, conta. Com isso, Marisete tornou-se a mais velha rondoneira (ciclista de longa distância) do Distrito Federal, com 46 anos.

Para o futuro

O grande sonho da ciclista agora é participar da mundialmente famosa Paris-Brest-Paris, uma supertravessia ciclística que sai da capital francesa, atravessa boa parte do país até a cidade de Brest, no litoral norte da França, e volta a Paris. No total, o percurso passa dos 1.200 quilômetros, e os rondoneiros devem percorrer em até 84 horas. Na edição deste ano, foram mais de 7.000 inscritos.

“É a prova mais famosa do mundo na minha categoria e atrai pessoas de todo o mundo.  Se eu ao menos completá-la, será uma grande realização pessoal”, afirma a colega. A última edição foi realizada este ano e a próxima acontecerá em 2023. Para participar, Marisete deverá fazer uma série Audax completa no ano da prova.

Maratona

Para quem já ficou sem fôlego só de ouvir as distâncias percorridas por Marisete pedalando, ela informa que ainda tem outro sonho: correr uma maratona completa. “Eu alterno o treino de bicicleta com corridas. Mas, eu nunca completei uma prova oficial inteira e gostaria de ter uma medalha dessas”, afirma. Em 2017, ela já fez três meias-maratonas, ou seja, cerca de 21 quilômetros, e em 2018 fez uma. Para 2020, ela quer completar uma maratona inteira.

Para alguém que ama longas distâncias, isso deve ser um bom treino.

 

DICAS DA MARISETE

  1. Evite fazer percursos longos sozinho, principalmente em estradas. Procure um grupo de iniciantes, que vão ensinar as regras e técnicas.
  2. Faça uma boa avaliação física antes de começar a treinar, especialmente da parte cardíaca.
  3. Ande com um apito. Ajuda a avisar pedestres, outros ciclistas e motoristas.
  4. Sempre use equipamentos de segurança – especialmente capacete e luvas –, seja no treino ou no trânsito. Usar roupas claras ou reflexivas também é importante.
  5. Mantenha a manutenção da bicicleta em dia. Pneus em bom estado e calibrados, freios em dia e a transmissão das marchas funcionando evitam acidentes ou que você fique a pé.
  6. Respeite as regras de trânsito se pedalar no mesmo espaço dos carros. Veja os detalhes nesta cartilha.
  7. Um bom aplicativo para ciclista e corredores, que acompanha o percurso pelo GPS, é o Strava. Ele pode ser baixado na App Store ou no Google Play. Para saber mais, acesse o site do Strava: www.strava.com

 

Para saber mais:

www.randoneirocristal.com.br

www.audax-club-parisien.com

 

 

 

 

 

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