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12 de julho de 2019 - ed. 1149

Um projeto unindo gerações
 

A estudante do 7º ano Sarah Stephany da Silva nunca tinha visitado um tribunal antes, e começou no alto. A aluna da Vila das Crianças, localizada em Santa Maria, visitou o STJ no começo de 2019, no projeto Museu-Escola. Ele é gerido pela Coordenadoria de Memória e Cultura (CULT/SED) e voltado para alunos dos níveis fundamental e médio do Distrito Federal e entorno, trazendo crianças e jovens para visitas ao Tribunal da Cidadania.

A aluna gostou muito de um dos temas da visita: a preservação socioambiental. “O Brasil é muito bonito, especialmente as matas, e gostei muito quando vi o quanto a reciclagem é importante no STJ”, ela acrescentou.

Sarah é fã de história e a visita ao Tribunal foi uma oportunidade de aprender na prática como o Brasil era e como ele é agora. Por gostar muito da disciplina, ela vibrou com o tema deste ano para o desenvolvimento da atividade artística – STJ: 30 anos promovendo cidadania. “Ver e rever um pouco dessa história foi mais um novo conhecimento para mim como cidadã”, completou.

Cidadãos visitantes

O ministro Og Fernandes, presidente da Comissão de Documentação, à qual a CULT é ligada, destaca que esse é exatamente o objetivo: receber cidadãos visitantes. “Além de suas competências jurisdicionais, essa é uma contribuição do STJ como parte do corpo político do Estado na formação de cidadãos brasileiros”, comentou. O ministro também acrescentou que esses projetos são oportunidade para futuros eleitores terem um desenvolvimento político, com a sensação de integração aos diversos processos governamentais do estado.

A aproximação efetiva com os julgamentos é outro aspecto importante das visitas. “Considero sinceramente que os projetos podem abrir destinos verdadeiramente e, por consequência, viabilizam exercícios mais efetivos da liberdade cidadã”, observou Og Fernandes. Ele lembrou que, a cada ano, cerca de 20 mil alunos participam dos projetos socioeducativos e que é “honroso colaborar com a formação e a emancipação deles”, pontuou.

Jaime Cipriani, coordenador da CULT, destacou que os projetos socioeducativos se alinham à missão do STJ, no propósito  de promover – entre estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior – o desenvolvimento de seus talentos, capacidades e habilidades, visando o seu preparo para o exercício da cidadania.

“Lutamos de forma incansável por uma sociedade na qual cada cidadão participe ativamente da vida pública, sem qualquer restrição de credo, religião, posição política, etnia ou idade”, comentou o coordenador. Para Cipriani, o STJ é “um guardião firme e incansável da justiça e procura assumir a sua responsabilidade educativa e cultural da melhor forma”.

 

Grande procura

A gestora do Museu-Escola, a servidora da Seção Educativa Social (SEDUC/CULT) Andrea Alves Zaban, destaca que só o programa atende cerca de 70 escolas por ano, e que há sempre uma grande lista de espera para o atendimento no ano subsequente aguardando. A maior procura é de escolas públicas. “As crianças interagem e muitas dizem que se sentem mais cidadãs depois de visitar o Tribunal”, disse Zaban. Ela acrescentou que a formação cidadã oferecida no STJ segue os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

Ela acrescentou que entre as manifestações dos pequenos visitantes estão as sensações de acolhimento, de obter mais conhecimento e de criar uma memória que ficará com eles por muito tempo – talvez pela vida toda.

Jaime lembra vários casos curiosos com a presença das crianças na Corte. “Por exemplo, uma vez uma turma de 45 meninas da Vila das Crianças estava numa sessão de julgamento. O ministro presidente entrou, deu bom dia e elas responderam em coro, em alto e bom som. O ministro se surpreendeu com essa resposta efusiva”, contou. Para Jaime, esse tipo de interação renova o espírito dos colaboradores e magistrados do STJ.

Mais projetos

Andrea Zaban cita outro projeto da CULT, o Despertar Vocacional Jurídico, voltado para alunos do ensino médio, com o objetivo de proporcionar uma experiência do Tribunal para os interessados em seguir carreira jurídica. O projeto foi instalado em 2002 e destaca mais os temas jurídicos. “Esse projeto é mais específico, mas também atende a formação cidadã”, explicou.

O ministro Og aponta esse programa como também muito importante para os visitantes e para o próprio STJ. “O projeto permite à criança e ao jovem conhecer sua vocação com antecedência, enquanto estão a formar o próprio caráter. Isso lhes permite um direcionamento mais preciso e firme para buscar seus ideais”, completou. O ministro acrescentou que há vários projetos em discussão para ampliar os programas, inclusive para estendê-los para outros segmentos da sociedade.

Duas coisas a aluna Sarah Stephany e os outros alunos que visitaram o Tribunal da Cidadania têm em comum: gratidão pela oportunidade e desejo de repetir a experiência.

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