O Superior Tribunal de Justiça (STJ) promoveu nessa quinta (17) o II Fórum Aprimore: Competências e Governança de Pessoas, com o lema Todos Juntos na mesma corrente! O evento teve como objetivo estabelecer um diálogo direto com representantes de instituições, públicas e privadas, para a troca de experiências em práticas inovadoras. As discussões encerram-se nesta sexta (18), no auditório externo.
A presidente, ministra Laurita Vaz, abriu o evento, que contou com mais de 600 pessoas. Laurita frisou que, no âmbito do Poder Judiciário, o STJ é pioneiro, pois, há mais de uma década, estuda e aprimora a implantação da gestão por competências, atento aos desafios presentes e futuros que se apresentam no cumprimento da sua missão institucional.
“Nesta gestão, procuramos priorizar o desenvolvimento das capacidades de servidores e colaboradores da Casa, para atingir maior eficiência dos serviços prestados”, garantiu a presidente.
Segundo a ministra, a área de gestão de pessoas das entidades públicas tem buscado ferramentas de modernização que permitam desenvolver suas atividades com maior eficiência. “A ideia de organização estratégica busca a gestão por competências. Esse modelo tem como objetivos valorizar as competências profissionais e, ao mesmo tempo, instigar as potencialidades dos seus colaboradores”, constatou a presidente.
Estratégia e resultados
O ministro Antonio Saldanha Palheiro lembrou da sua primeira experiência com gestão de pessoas, quando ainda trabalhava como advogado na iniciativa privada. “Externo minha alegria e orgulho de trabalhar em uma Corte que se preocupa com a gestão de pessoas de forma estruturada e tecnicamente direcionada.”
Segundo o magistrado, hoje, a grande dificuldade daqueles que ocupam cargos de gestão está na capacidade de entender a dimensão e a profundidade do assunto.
Saldanha abordou ainda tópicos como trajetória do servidor, liderança eficaz, importância das relações humanas, capacidade de análise de situações, motivação, avaliação e feedback permanente.
Programação
O doutor em psicologia do trabalho Hugo Pena Brandão ministrou a palestra Gestão por Competência é um Caminho para a Governança de Pessoas? Gerente-executivo de estratégia e governança do Banco do Brasil há 25 anos, Brandão falou sobre desafios da governança no setor público e privado, bem como os propósitos, as práticas e as premissas da gestão por competências.
Antes da abertura do fórum, houve um recital apresentado por músicos que são servidores da Casa. Iraci Guimarães (soprano), lotada na Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas (CDEP/SGP), cantou ao lado de Vitor Dutra Freire (baixo), chefe da Seção de Auditoria de Governança e Gestão de Tecnologia da Informação (SAGTI/AUD), Andreia Solter (cello), da Seção de Sistemas para Assessoramento e Gestão (SESAG/STI), Juliana Tavares (violino) da Seção de Jurisprudência em Tese (STESE/SJR) e Jean Bogaroch Nardoto (piano e voz/tenor), professor de música da UnB. No repertório, clássicos como O mio Babbino Caro (ópera Gianni Schicchi, Giacomo Puccini) e Ave Maria (Bach-Gonoud).
Gestão por competências
No turno vespertino, a gestora do Programa Aprimore, Iraci Guimarães, apresentou o tema Gestão por Competências no STJ: procedimentos e inquietudes. Ela defendeu a importância de se dar o primeiro passo, mesmo que as condições não se mostrem totalmente favoráveis. “Não podemos esperar que tudo esteja favorável para iniciar projetos”, defendeu Iraci.
Iraci ressaltou que boas práticas de gestão por competências e de pessoas, para que atinjam seus resultados reais, devem englobar toda a instituição. “É essa ideia que estamos tentando transmitir com o tema do Aprimore: Todos juntos na mesma corrente. ”
Case de destaque
Durante a apresentação de cases, o gestor de pessoas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato Paiva, trouxe as experiências positivas de sua instituição. Ele sustentou que, muitas vezes, o que se deve buscar é adotar estratégias de ação mais simplificadas e reforçar o sentimento de pertencimento dos colaboradores em relação à instituição que integram.
“Por mais paradoxal que isso pareça, fazer o simples dá trabalho e requer muito esforço de todos os envolvidos”, aconselhou o gestor.
Renato enumerou que a criação de um espaço de convivência e a instituição de programas de voluntariado desempenhados pelos próprios empregados estão entre as iniciativas implementadas. “Também estabelecemos um dia em que os funcionários podem levar seus filhos para conhecerem seus locais de trabalho. Percebemos que, com essas ações, incentivamos as pessoas a vestirem a camisa da CNI”, destacou.
Pratas da Casa
Compuseram a mesa final do primeiro dia do Fórum os servidores Luiz Otávio, assessor-chefe de Modernização e Gestão Estratégica, Antônio Alves e Ricardo Marques, ambos da CDEP. Eles conduziram em conjunto a exposição e debate do tema A importância da comunicação nos processos e procedimentos de gestão de pessoas.
“É preciso que os objetivos da instituição estejam alinhados ao máximo com os dos servidores e colaboradores. Para que isso ocorra, não podem haver ruídos na comunicação. Deve-se comunicar, de forma clara, o que deve ser feito e, mais importante ainda, por que deve ser feito”, pontuou o assessor-chefe.
"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é posssível, e de repente você estará fazendo o impossível"
São Francisco de Assis