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9 de dezembro de 2016 - ed. 535

Palavras em forma de imagens
 

Na última terça (6), ocorreu o encerramento do Projeto Surdo Foto 2016, que está em seu quarto ano de realização. Coordenado por Simone Pinheiro Machado, servidora da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS), o projeto é voltado para os colaboradores surdos da Seção de Virtualização de Petições e Processos (SVIRT/SJD). Nesta edição, a iniciativa capacitou 17 pessoas que foram divididas em duas turmas.

     

No encontro de encerramento das atividades de 2016, foram apresentadas as fotos produzidas ao longo do ano e entregues os diplomas aos participantes. Segundo a gestora do projeto, a iniciativa é uma forma de socialização. “É possível a criação de outros vínculos, fora da unidade deles, e também oferece a possibilidade do desenvolvimento de alguma profissão”, disse Simone Pinheiro.

Wallace Gadêlha, servidor da SIS que atua no projeto, explicou que foi um encerramento simples, que lembrou uma celebração familiar. “O projeto não poderia ficar sem nenhuma comemoração, pois temos inúmeros motivos para nos orgulhar”, ressaltou.

Para o servidor, apesar das dificuldades, como a falta de equipamentos, o curso obteve resultados expressivos. “Nas coisas simples é que encontramos as coisas belas”, avaliou.

Todas as fotografias foram feitas com celular. Além das aulas, os participantes ainda visitaram exposições como a da Frida Kahlo e Zeitgeist. A coordenadora do Surdo Foto Clube, Madalena Schnabel, enfatizou que ficou satisfeita. “Eu fiquei muito feliz com o resultado, chegaram aonde eu queria que chegassem.”

Para Shirlene Maria, uma das participantes, o projeto foi um grande aprendizado para toda vida. “Antes do projeto eu não tirava fotos. Depois do curso percebi que gosto muito de fotografar”, declarou.

Ela ressaltou que o curso a ajudou muito na decisão de sua carreira profissional. “Estou pensando em cursar uma faculdade de fotografia ou de direito, mas estou decidida mesmo por fotografia, pois foi a minha primeira paixão”, acrescentou.

Novos horizontes

O projeto é promovido pela Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS) em parceria com a Organização Civil Surdo Foto Clube de Brasília e consiste em aulas de fotografia ministradas por professores voluntários.

Todos os anos as imagens produzidas durante o curso são expostas no tribunal. A previsão é que as desse ano sejam exibidas no início de 2017. “O objetivo é passar os conhecimentos da arte de fotografar e, ao mesmo tempo, buscar novos horizontes”, explicou Wallace Gadêlha.

Wallace frisa que o intuito é oferecer um aprendizado que possa abrir portas para eles, talvez como hobbie ou até mesmo como profissão futura. A semente está sendo lançada.

A coordenadora do projeto, Simone Pinheiro Machado, recordou que, neste ano, foram realizados o curso libras e a inclusão no site do tribunal do aplicativo VLibras, que “permite as pessoas surdas acessarem e lerem o site do STJ”.

Normativos

O STJ se destaca por suas ações de inclusão. Conforme a Portaria STJ n. 118 de 2010, o tribunal se compromete à promoção do amplo acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida às dependências e aos serviços prestados pelo STJ, bem como com a disseminação de práticas inclusivas que visem à conscientização da importância da acessibilidade em seu sentido mais amplo para o pleno exercício dos direitos humanos e da cidadania.

O Programa Semear Inclusão foi instituído no STJ em 2014. As ações desse programa seguem as diretrizes da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência e da Resolução CNJ 230 de 22/6/2016.

No ano passado, o tribunal instituiu a Política de Inclusão da Pessoa com Deficiência para assegurar o acesso universal às dependências, às informações e aos serviços prestados pelo tribunal.

A IN trouxe como princípios a promoção da humanização no ambiente de trabalho, a autonomia individual para potencializar o desenvolvimento do desempenho funcional dos servidores com deficiência, a colaboração para uma sociedade mais justa, o respeito às diferenças e promoção à igualdade de oportunidades.

Mais informações pelo ramal 9806.

 

Reportagem: Thays Martins

Edição: Karla Bezerra

Fotos: Gustavo Lima e Sérgio Amaral

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