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Inclusão, crescimento pessoal e profissional, além de colaborar com o Tribunal da Cidadania.  Nessa terça (26), durante a comemoração do Dia dos Surdos realizada com a equipe de digitalização da Seção de Virtualização de Petições e Processos (SVIRT/SJD) a ministra Laurita Vaz, presidente do STJ, ressaltou a importância dos profissionais que digitalizaram os processos em papel, tornando possível a implantação do processo digital. “Eles têm um aproveitamento que supera os 95% e fiquei muito feliz ao saber que eles agora estão trabalhando na captura de ementas, garantido a permanência deles no STJ”.

A ministra Laurita disse que a data é importante para destacar a necessidade de inclusão do portador de deficiência. “Todos temos alguma deficiência, em menor ou maior grau, mas sempre podemos melhorar. Nós todos estamos melhores com a presença dos surdos nesse setor e o STJ, como Tribunal da Cidadania, quer garantir a cidadania não só aos seus jurisdicionados, mas também aos seus servidores e colaboradores”, destacou a presidente.

Talentos pela cidadania

O ministro Humberto Martins, vice-presidente do STJ, elogiou o esforço da equipe de digitalização e observou que dons não podem ser enterrados. “Vocês estão mostrando seus talentos e os exercendo em favor do STJ e da cidadania”, asseverou.

Também presente ao evento, o ministro Sérgio Kukina lembrou que o projeto começou em 2009, na presidência do ministro César Asfor Rocha, agora aposentado. “É formidável e uma fonte de grande orgulho para mim ser membro de um tribunal que investe tanto na inclusão”, salientou. O ministro Kukina ressaltou que ele também é portador de deficiência e que ganhar respeito pelas habilidades ainda é uma batalha. “Mas a iniciativa do STJ se inscreve numa dimensão maior da inclusão e é uma iniciativa que só merece elogios”, argumentou.

Orgulho pelo trabalho

Esse é o segundo emprego de Valdinelhia Luma dos Santos, uma das integrantes da equipe. “Já trabalhei em um supermercado, mas gosto muito mais daqui”, recordou. Valdinelhia disse que no começo o trabalho assustava um pouco, mas com o tempo o foi ficando mais fácil.  “Tenho uma filha e dois netos, Tenho orgulho de dizer para eles que trabalho no STJ”, afirmou com alegria.

Joaquim Tancredo de Araújo iniciou sua vida profissional no STJ. Ele declarou estar muito satisfeito. “Fiz muitos amigos novos e conheci muita gente. O trabalho me ajudou muito”, avaliou. Joaquim recordou que já se inscreveu para faculdade, mas teve que desistir por falta de interprete. “Mas eu ainda vou tentar estudar de novo”, assegurou.

Também estavam presentes na confraternização, a diretora-geral do STJ Sulamita Avelino Marques, o secretário-geral da Presidência Marcos Brayner,  o secretário da Judiciária,  Rubens Rios, o desembargador Luiz Fernando Penteado, presidente do TRF-4 e o desembargador Rogério Fialho, presidente do TRF-5.