O tribunal da cidadania mais uma vez é referência quando o assunto é capacitação. A Secretaria de Gestão de Pessoas já cedeu 35 cursos a 12 órgãos públicos diferentes em quatro anos. Isso é possível porque a Seção de Educação a Distância (Seadi/SGP) pode compartilhar recursos educacionais e adaptá-los de acordo com as demandas de aprendizagem de cada lugar.
O curso mais requisitado é Introdução à Gestão Socioambiental, que já atendeu a sete diferentes órgãos e é oferecido pela Assessoria de Gestão Socioambiental (AGS). A servidora Carolina Silva Lima, chefe substituta e responsável pelo curso, afirma que essa procura se deu porque em 2015 saiu uma resolução do CNJ (2011) estabelecendo a obrigatoriedade de gestão socioambiental nos órgãos do Poder Judiciário. “Como o STJ já dominava essa área e até já recebeu um prêmio do Ministério do Meio Ambiente, se tornou referência para os outros órgãos”, recorda.
Carolina ressalta a importância da sensibilização para a gestão socioambiental eficiente. “Uma instituição da dimensão do STJ ter um projeto desse tipo já consolidado anima aos outros órgãos”, explica.
Para o chefe da Seadi, Ânderson Jônio, essa iniciativa deve ser ressaltada por dois motivos, a economia e o próprio compartilhamento de conhecimentos. “O STJ é referência para outros órgãos e atua como disseminador de conhecimentos, o que eu considero ainda mais importante”, acrescenta.
Experiências repassadas
O TRF3 é uma das instituições com quem o STJ irá compartilhar seu acervo de capacitações. A primeira experiência será com o curso Construção e Gerenciamento de Indicadores ,que tem o objetivo de promover a utilização de indicadores de desempenho que possibilitem às unidades acompanhar o foco de sua atuação, para alinhar as ações à estratégia organizacional.
Gisele Fessore, diretora da Divisão de Desenvolvimento de Competências do TRF3, afirma que a iniciativa de compartilhamento de cursos é de suma importância. “Com isso há uma disseminação do conhecimento e otimização dos recursos orçamentários, cada vez mais escassos”, explica.
Essa também é a opinião da Magali Regina Kolakowski Chules, responsável pelos cursos a distância do Conselho da Justiça Federal (CJF), que acredita ser a prática uma forma de economizar recursos públicos. Ela explica também que a prática do STJ e de outras instituições de socializar cursos tem sido importante para a multiplicação e diversificação de cursos virtuais para a Justiça Federal.
“O STJ tem contribuído com o CJF compartilhando cursos e disponibilizando programas ainda não disponíveis aqui, planejando ações de formação conjunta e disponibilizando-se para ajudar na solução de problemas técnicos”, detalha Magali.
O CJF já realizou uma turma do curso Passaporte Gerencial, oferecido pela Seção de Aprimoramento Gerencial e Cidadania, com 130 alunos, e está iniciando uma turma do curso Introdução a Gestão Socioambiental, com 160 alunos. Em junho também estará fazendo a formação de docência on-line, para os instrutores dos cursos de formação de conciliadores/mediadores, com o curso do TRE/MG Teoria e Prática da Docência On-line, que é customizado pelo STJ.
Normativo regulador
Ânderson esclarece que essa parceria só é possível por ser o tribunal signatário do Termo de Cooperação n. 16/2013, que visa ao intercâmbio de conhecimento, informações e tecnologias relacionadas à educação corporativa. O normativo confere maior diversidade de conteúdos e possibilita a ampliação de oportunidades de capacitação, o intercâmbio de conhecimento, a modernização e o incremento dos processos, bem como a racionalização de investimentos em capacitação.
Segundo o chefe da Seadi, as instituições tomam conhecimento dos cursos do STJ e entram em contato. Caso o órgão integre o termo de cooperação, o acordo pode ser feito via e-mail.
O tribunal já foi demandado pelo Ministério Público Federal, Senado Federal,Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e pelos Tribunais Regionais Federais da 1ª e da 3ª Região.
Mais informações com a Seadi pelo ramal 8392.