Criado em 2009 para reforçar a segurança nos estacionamentos em torno do Superior Tribunal de Justiça, o patrulhamento realizado por viaturas oficiais reduziu gradativamente o índice de furtos e arrombamentos de veículos.
As viaturas (VTRs) são conduzidas por agentes de segurança do STJ - servidores concursados e capacitados por treinamento continuado e obrigatório. As equipes são comandadas pela Seção de Segurança Ostensiva e de Monitoramento (Sesom), que acompanha todos os pontos de acesso ao tribunal. O serviço conta, ainda, com a cooperação da Polícia Militar do Distrito Federal.
Ação eficaz
Atentos a pessoas em atitudes suspeitas circulando entre os veículos estacionados, o monitoramento ostensivo inibe a ação de criminosos. Segundo o coordenador de segurança, Jair Pereira, o índice de ocorrências, considerando o histórico de 2009 até hoje, é baixíssimo. “Os números mostram que, neste ano, foram registrados até o momento apenas três furtos de estepes, um de CD, um de veículo, e duas tentativas frustradas”, explica o coordenador.
Nos cinco anos de atuação, as estratégias foram aprimoradas para garantir o resultado positivo. “Temos uma presença física nos estacionamentos e toda uma parte de monitoramento feita pela Sesom, que opera com circuito fechado de televisão (CFTV). Enquanto a viatura está fazendo a ronda, o pessoal do CFTV está cobrindo outra área”, esclarece Jair. Com a tática, ampliou-se a área monitorada e o trabalho obteve maior êxito.
Houve também a substituição das antigas VTRs (brancas e menores) por veículos novos, identificados com o emblema da Segurança Judiciária, luzes laterais e intermitentes de led e rádio digital. “As viaturas possuem o mesmo formato das cedidas para a Polícia Federal”, reforça Jair.
Duas patrulhas operam no período entre seis da manhã e 19h, e, a partir daí até às 22h são três. Segundo o servidor da Seção de Eventos Externos e Pós-Graduação (Sevep/SGP) José Fábio Barbosa de Santana o monitoramento ostensivo oferece mais tranquilidade. “A simples presença de um veículo caracterizado como patrulha intimida possíveis meliantes que queiram se aproximar das redondezas do tribunal”, declara.
Credenciamento
Durante a vigia, também são observados detalhes que podem evitar algumas dores de cabeça, dentre eles chaves esquecidas na ignição e veículos mal estacionados. A equipe registra, em média, quatro ocorrências diárias de vidros abertos e duas semanais de pneus furados ou vazios. Nesses casos, os servidores da segurança entram em contato com os proprietários para solucionar os problemas, caso os veículos estejam cadastrados na Sesom.
É importante lembrar que a segurança é um trabalho conjunto do poder público e da população. “Tem servidor que aciona o vidro eletrônico de costas, não confirma se subiu e vai embora. A gente verifica a placa no sistema, se não achar, não tem como avisar”, lamenta Edmar Mendes, agente há mais de 20 anos.
Servidores, terceirizados e estagiários do STJ que utilizam os estacionamentos podem fazer o credenciamento de seus veículos. O procedimento pode ser feito, pessoalmente, na sala de credenciamento (CS-090), localizada no subsolo do edifício dos Plenários; por meio do e-mail [email protected]; ou, ainda, pelos ramais 8445 ou 8052.
Saiu tarde do Tribunal?
A confiança no serviço vai mais além. Servidores e demais colaboradores do STJ que deixam o Tribunal tarde da noite podem solicitar o acompanhamento dos agentes de segurança até o seu veículo. “Às vezes, o servidor sai daqui, por exemplo, entre nove e dez da noite e está com o carro parado bem distante. É só chamar a viatura que ela faz o acompanhamento”, reforça o coordenador de segurança.
Andréa Lopes, lotada na Seção de Informações Processuais (Seinp/SJD), concorda que o serviço ajuda a prevenir a criminalidade. “Já recebi o apoio da viatura uma vez. Percebi que eles ficaram esperando até eu entrar no carro”, relata.
O contato também pode ser feito pouco antes da saída da unidade. Basta telefonar para a Sesom pelo ramal 8989.