Todos já devem ter percebido o que a sustentabilidade tem feito com o Tribunal da Cidadania. Desde que ações como virtualização de processos e consumo consciente passaram a fazer parte do dia a dia dos servidores, o Tribunal está cada vez mais empenhado em trabalhar de forma econômica, e que garanta menos impacto ao planeta.
Os gabinetes dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também aderiram ao consumo consciente. A redução nos gastos com material de consumo de 2009 até 2013 ultrapassa 50% de economia. O número apresentado pelo gabinete do ministro Mauro Campbell Marques é exemplar. Em 2009, para julgar 12 mil processos o gabinete gastou R$ 18.933,45 com material. Em 2013, o valor diminuiu para R$ 653,31 e foram julgados mais de 17 mil processos. A análise dos dados aponta que as principais reduções aconteceram devido ao uso racional de papel, toner, caneta, copos plásticos e garrafas de água.
André Machado, chefe de gabinete do ministro Mauro Campbell Marques, conta que a equipe comemorou os resultados alcançados e está disposta a contribuir ainda mais. “Vamos conversar com a área socioambiental para saber como podemos incorporar mais práticas sustentáveis, além de reduzir custos”, planeja André.
Parece difícil decidir por onde começar. Mas, na verdade, basta força de vontade. O Programa de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) dá uma forcinha para as áreas que querem aderir às práticas de consumo consciente. Desde o ano passado, a coordenadora do projeto, Ketlin Feitosa, realiza a sensibilização dos servidores visitando cada unidade do Tribunal. “Estabelecer esse canal de comunicação com os servidores é fundamental para o estímulo da consciência ambiental”, comenta Ketlin.
Desafio sustentável
O programa já visitou 23 gabinetes de ministros, gabinete da presidência, secretaria judiciária, comissão disciplinar, assessoria de assuntos parlamentares, dentre outras unidades. A coordenadora do PRSA destaca que a execução desse tipo de projeto depende não só dos líderes, mas de cada um dos servidores. “É uma questão de consciência; de ser capaz de pensar individualidade versus coletividade”, explica ela.
A área do Tribunal que mostra interesse em aderir à campanha consumo consciente seleciona um representante, que vira “ecoparceiro” e atua frente à sua unidade nas questões socioambientais.
Consumo consciente
A campanha Consumo Consciente - gestão mais racional, do PRSA/STJ, está entre as finalistas na categoria inovação, no 5º Prêmio da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), programa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que estimula ações sustentáveis na rotina das instituições públicas.
Os vencedores do prêmio da A3P serão conhecidos em junho, durante o 8º Fórum da Agenda Ambiental na Administração Pública.